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Oportunidades para jovens de unidades de acolhimento

  A maioria se torna facilitadora nas equipes de abordagem social, ajudando as pessoas na reconstrução de suas vidas assava um pouco das 15h...

 


A maioria se torna facilitadora nas equipes de abordagem social, ajudando as pessoas na reconstrução de suas vidas

assava um pouco das 15h de quarta-feira (6), quando Ana Vitória Dias, de 18 anos, chegava de mais uma rotina de trabalho. Apesar do sorriso largo e sonoro revelado ao retirar a máscara de proteção na varanda de casa, a expressão cansada era de quem havia encarado uma rotina intensa sob o sol escaldante do DF. Porém, a felicidade era notória ao lembrar que completava uma semana de trabalho pelo Instituto Ipês – instituição parceira da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) no Serviço Especializado de Abordagem Social.

“Fui chamada para ser jovem aprendiz, mas, no meu primeiro dia, surgiu uma vaga e eu fui efetivada”, contou. “Fui contratada, então, como facilitadora. Meu trabalho é entrevistar cidadãos em situação de rua, entender a necessidade deles e fazer os devidos encaminhamentos”. A jovem, que passou por diversas capacitações para se habilitar a aceitar a oportunidade de emprego, sonha em tornar-se psicóloga.

Ana Vitória Dias já está encaminhada: “Meu trabalho é entrevistar cidadãos em situação de rua, entender a necessidade deles e fazer os devidos encaminhamentos” | Foto: Ádamo Dan/Sedes

Com mais outras seis meninas quase da mesma idade dela, Ana Vitória vive na república para jovens que, mantida pela Sedes, é destinada a egressos das unidades de acolhimento de crianças e adolescentes do Governo do Distrito Federal (GDF).

Após o pioneirismo nacional no lançamento das repúblicas LGBTI+, o GDF instalou a primeira de três residências para jovens em situação de vulnerabilidade social. As casas abrigam rapazes e moças, entre 18 e 21 anos, que até então viviam em unidades de acolhimento.

A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, lembra que as repúblicas têm como foco quem completa a maior idade e ainda precisa de um suporte do estado para ter uma vida autônoma. “É a entrada desse cidadão na vida adulta”, explica. “Esse suporte é fundamental para que que a pessoa possa iniciar essa caminhada rumo à autonomia”.

Moradora de unidades de acolhimento desde os seis anos, devido a questões familiares, a facilitadora enfatiza: “Sou muito feliz aqui, pois foi onde tive várias oportunidades. Mas quero, um dia, ter minha própria casa e poder juntar, novamente, meus irmãos e minha mãe”.

Também egresso de abrigos, Luiz Gustavo Aleixo, 18 anos, começou na abordagem social como jovem aprendiz, mas logo foi contratado como facilitador. “Lembro-me como hoje, foi no dia do meu aniversário”, conta. “O pessoal chegou com um bolo e com um papel, que era meu contrato. Foi emocionante”.

O rapaz chegou a passar noites nas ruas, apesar de ter uma família. Porém, problemas de convivência no lar o faziam preferir não voltar. “Hoje, eu retomei o relacionamento com minha mãe e minha irmã; para o futuro, pretendo formar minha família e dar netos à minha mãe”, relata, emocionado.

s de parceria com a Sedes, o Instituto Ipês integrou 15 jovens aprendizes, dos quais sete ainda prestam serviços, e três foram contratados como facilitadores. Além dos empregos gerados na abordagem social, há jovens que seguiram para outras atividades profissionais, como Estefane Mascarenhas, de 19 anos, que atua como manicure; e Maria Aparecida Silva, da mesma idade, contratada como atendente de supermercado.

A maioria dessas histórias vai ao ar às 11h desta quinta-feira (7), no episódio 8 da série documental A Rua: da abordagem à autonomia, pelos canais da Sedes no YouTube e no Instagram. Produção oficial da Sedes, a obra aborda questões relacionadas à população em situação de rua observada com base em vários aspectos. Nesse capítulo, serão discutidas questões referentes ao combate ao trabalho infantil, acolhimento de crianças de adolescentes e Dia da Criança.

Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social

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