O momento de celebração carrega uma vitória coletiva de estudantes e profissionais da educação que moveram barreiras para superar uma marca negativa que carimbou a escola, mas estimulou a transformação. Em 2012, o CED 104 ficou conhecido como a segunda pior escola do país. Agora, a reviravolta começa a colher os frutos de projetos e esforços educacionais.
“Para mudar a realidade, um trabalho firme na disciplina e na valorização dos atores que compõem a educação foi proposto”, conta o diretor do CED 104, Felipe Renier. “Temos professores que trabalham continuamente com atividades diferenciadas, como aulões interdisciplinares, obras do PAS, cinedebate e aulas práticas.”
Renier conta que reprovações, evasões e vandalismo no ambiente escolar perderam espaço. Hoje, o ambiente receptivo e bem-cuidado estimula a prática da aprendizagem. “Mesmo no contexto da pandemia, professores e estudantes entenderam que o objetivo educacional da aprendizagem deveria continuar acontecendo”, diz. “Essa consciência está presente de forma cultural em nossa escola.”
A prova da superação
Talita Melo, aprovada em medicina, é o exemplo da dedicação que passou a ocupar as salas de aula do CED 104. Aos 19 anos, ela agradece o incentivo que teve no decorrer da vida escolar na rede pública e lembra aos outros estudantes que é importante lutar pelos sonhos. “Todas as escolas das quais fui aluna me deram um suporte maravilhoso”, relata. “A educação transforma, e precisamos agir. É necessário romper barreiras. Todos somos capazes de alcançar o que queremos. Nunca imaginava que iria conseguir isso; hoje, parece que sonho acordada”.
Talita conta que nem sempre pensou em cursar medicina – a vontade veio aos poucos. Como sempre gostou de todas as disciplinas, passou um período indecisa, mas encontrou, no desejo de ser médica, o impulso para fazer a diferença na vida das pessoas. “É importante para mim que a minha formação seja humana, então espero ser lembrada pelos meus pacientes por ter tido empatia e ter sido cordial”, afirma.
Samuel Teixeira, aprovado em mecatrônica: “O CED 104 sempre apoia e incentiva os estudantes a fazerem o PAS, por ser um método que aprova muita gente para a UnB” A perseverança também é uma constante na vida do estudante Samuel Victor Teixeira, de 18 anos. O jovem, aprovado em engenharia mecatrônica, conta que foi a paixão pela matemática e a curiosidade por robótica que guiaram a escolha profissional. Para Samuel, as experiências em sala de aula foram essenciais no processo de ingresso na UnB. Ele conta que, além de sua matéria favorita ser matemática, o professor da disciplina, Lucas Araújo, foi um grande apoio para a conquista.
“O CED 104 sempre apoia e incentiva os estudantes a fazerem o PAS, por ser um método que aprova muita gente para a UnB”, diz o jovem. “Os professores sempre tentam passar atividades com as obras do edital para que os alunos possam aprender sobre elas para fazer a prova. O suporte é muito grande”, ressalta.
Samuel lembra que houve momentos em que não acreditou que passaria na prova. Hoje, ele diz que a felicidade toma conta e mostra que o esforço e a dedicação trouxeram um grande fruto.
Com informações da Secretaria de Educação
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