A maioria das ocorrências em que o serviço atua é de natureza clínica, como dor abdominal, hipertensão, infarto agudo do miocárdio e AVC,...
A maioria das ocorrências em que o serviço atua é de natureza clínica,
como dor abdominal, hipertensão, infarto agudo do miocárdio e AVC, com
tempo médio de resposta de pouco mais de 30 minutos
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal
desempenha um papel fundamental na garantia de assistência qualificada e
eficiente em situações de emergência. No decorrer de 2023, o Samu DF
recebeu 817.867 ligações telefônicas por meio do telefone 192,
totalizando uma média de 68.150 chamados por mês.
Vinculado à Secretaria de Saúde (SES-DF), o serviço atua em diversos
tipos de ocorrências, a maioria delas de natureza clínica, com uma média
de 60% do total de atendimento. Entre os casos estão dor abdominal,
hipertensão, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular
cerebral (AVC) e parada cardiorrespiratória (PCR). Cerca de 20% de
atendimentos se referem a situações de trauma, como acidente
automobilístico, quedas, violência com ferimento de arma branca ou arma
de fogo, seguidos de 15% de atendimentos psiquiátricos, 2,5% obstétricos
e 2,5% pediátricos.
O
Samu atua em diversos tipos de ocorrências, a maioria de natureza
clínica, com uma média de 60% do total de atendimento | Foto: Sandro
Araújo/Agência Saúde-DF
O tempo médio de resposta do serviço é de aproximadamente 34 minutos,
contados a partir da chamada atendida pelo técnico auxiliar de
regulação médica até a chegada da equipe no local da ocorrência.
Diversos fatores interferem no tempo de atendimento, como distância,
condições do trânsito, informações corretas do solicitante e até
condições climáticas. O apoio às regiões adjacentes em situações de
grande vulto também pode impactar o atendimento.
Pacientes atendidos pelo Samu frequentemente elogiam a agilidade e
eficiência do serviço, destacando a competência e o cuidado dos
profissionais. “Os elogios, na sua maioria, referem-se à qualidade do
atendimento da equipe de saúde, que passa por treinamentos periódicos
realizados pelo Núcleo de Educação em Urgência [Nuedu] para manter um
atendimento de excelência para a população”, afirma a gerente de Atenção
Pré-Hospitalar do Samu, Vanessa Rocha.
Em
junho de 2023, o Samu recebeu um reforço importante com mais de 2,6 mil
novos equipamentos de proteção individual (EPIs) | Foto: Tony
Winston/Agência Saúde-DF
Apesar dos avanços, os profissionais do serviço móvel enfrentam
desafios significativos, como a necessidade de ampliação da frota de
ambulâncias e a capacitação contínua dos profissionais. Para superar
esses obstáculos, os gestores do Samu têm investido em treinamentos
especializados e estão em constante busca por melhorias na
infraestrutura e na logística de atendimento.
Em junho de 2023, a instituição recebeu um reforço importante, com
mais de 2,6 mil novos equipamentos de proteção individual (EPIs), que
garantem a segurança dos profissionais durante as operações. Entre os
itens fornecidos estão conjuntos térmicos (capas de chuva), coturnos,
joelheiras, japonas (casacos de tecido grosso), macacões e luvas
antichamas, além de conjuntos de inflajack (jaquetas com airbag),
proporcionando um ambiente mais seguro para a equipe durante as missões
de salvamento.
Samu realiza treinamento para atendimento em acidentes de trânsito | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
Em novembro do ano passado, o Samu passou a contar com 26 novas
motolâncias com o objetivo de prestar uma assistência cada vez mais
rápida e de qualidade à população. Cada motolância está munida de
materiais necessários para dar assistência pré-hospitalar, tanto às
vítimas de acidentes quanto às que passam problemas clínicos, desde
risco moderado até demandas graves, como paradas cardíacas.
Urgência e emergência
Na rede de atenção às urgências e emergências, a importância da
atuação do Samu está relacionada a diversos aspectos, como o atendimento
pré-hospitalar de urgência, no qual os profissionais oferecem
assistência médica rápida e especializada em situações de emergência,
antes mesmo da chegada ao hospital. Isso permite um atendimento imediato
e adequado, aumentando as chances de sobrevida e recuperação dos
pacientes.
Em
novembro de 2023, o Samu recebeu 26 novas motolâncias com o objetivo de
prestar assistência cada vez mais rápida e de qualidade à população |
Foto: Jhonatan Canterelle/Agência Saúde-DF
“O Samu é o grande responsável por alcançar a vítima no momento de
maior vulnerabilidade. Estamos falando de quadros clínicos e
traumáticos, em todas as faixas etárias, desde situações moderadas ou de
alta gravidade. Isso demanda uma capacidade de atuação rápida,
padronizada, seguida por estabilização na cena e remoção segura para a
unidade hospitalar mais próxima dentro do menor tempo possível”, explica
o diretor do Samu, Victor Arimatea.
Para facilitar o trabalho dos profissionais do Samu em ocorrências no
trânsito, os condutores devem estar atentos às situações de emergência
nas vias, permitindo que o caminho para as ambulâncias esteja livre.
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as ambulâncias têm
prioridade de trânsito e livre circulação quando devidamente
identificadas e com alarme sonoro ligado.
“A dica que compartilho com os motoristas é, ao escutarem a sirene,
verificarem nos retrovisores a localização da ambulância e deslocarem-se
no sentido oposto, reduzindo ou até mesmo parando, se necessário, para
permitir a passagem da viatura”, orienta o condutor de ambulâncias do
Samu, Rodrigo Nunes. Os pedestres também devem permanecer atentos.
“Mesmo ao ouvirem a sirene, alguns continuam atravessando na faixa.
Portanto, é mais prudente aguardar e somente atravessar a via quando o
veículo já tiver passado pelo local”, completa.
Uma rede de cuidados e preparo
O Samu conta com 49 equipes móveis de intervenção, incluindo unidades
de suporte básico (USBs), motolâncias, unidades de suporte avançado
(USAs) e até mesmo uma unidade de suporte avançado aeromédico
(helicóptero), capaz de oferecer atendimento em situações críticas.
Com mais de 800 servidores, o Samu abrange uma equipe
multiprofissional que inclui médicos, enfermeiros, técnicos em
enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, condutores socorristas e
analistas de gestão e de assistência pública em saúde, além de
administradores.
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