A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), deflagrou a Operação Terra Tomada para...
A Polícia Civil do Distrito
Federal, por meio da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), deflagrou a
Operação Terra Tomada para apurar crimes de roubo e extorsão, cujas
motivações estariam ligadas a uma suposta disputa por domínio comercial
em uma região marcada pela atuação de organizações criminosas.
O
crime ocorreu no dia 10 de abril de 2025, entre 15h e 15h40, em um
quiosque localizado na EQNM 23/25, Ceilândia Sul. Na ocasião, a vítima,
um homem de 35 anos, foi surpreendida por três indivíduos armados, que o
amarraram com lacres de nylon, anunciaram o assalto e afirmaram que o
local pertencia a uma facção criminosa. Os agressores determinaram que
ele deveria abandonar o comércio, sob pena de represálias. A vítima foi
então colocada no banco traseiro de seu próprio veículo e levada até uma
área de mata nos arredores da BR-070, onde foi abandonada. O veículo e
diversos pertences foram subtraídos.
As investigações revelaram
que o crime foi premeditado e executado com características típicas de
coerção territorial, com o objetivo de forçar o encerramento das
atividades comerciais da vítima. O quiosque em questão já havia sido
alvo de incêndios criminosos em 2023 e 2024, também sob circunstâncias
suspeitas.
Durante a apuração, três denúncias anônimas relataram
que o crime teria sido ordenado por um comerciante local de 42 anos, que
também seria membro de uma facção criminosa atuante na região. Segundo
essas denúncias, o mandante buscava eliminar concorrentes para garantir o
monopólio de pontos estratégicos para atividades ilícitas disfarçadas
de comércio legal.
Apesar do esforço da equipe de investigação, a
vítima demonstrou temor em colaborar com o inquérito, mencionando
ameaças contra familiares e amigos. Por isso, as diligências seguiram
com base em denúncias anônimas e elementos informais fornecidos por
colaboradores.
Mandados cumpridos
A
Justiça autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em
três endereços vinculados ao investigado, todos localizados na região
administrativa de Ceilândia. Os alvos incluíram imóveis residenciais e
estabelecimentos comerciais que, segundo as investigações, estariam
sendo utilizados para ocultar bens subtraídos da vítima e eventualmente
operar atividades ligadas à facção criminosa.
Durante o cumprimento
dos mandados, foram apreendidas armas brancas (como canivetes, facão e
tacos de baseball), aparelhos de telefone celular, porções de drogas e
balanças de precisão, reforçando a linha investigativa sobre o
envolvimento do suspeito com o crime organizado.
Crimes investigados e penas previstas
O
autor está sendo investigado pelos crimes de Roubo majorado, com pena
de 4 a 10 anos de reclusão, aumentada de 1/3 a 2/3; extorsão
circunstanciada, com pena de 4 a 10 anos de reclusão com aumento de 1/3
até ½; e organização criminosa, cuja pena varia de 3 a 8 anos de
reclusão, podendo ser aumentada conforme a função exercida na
organização.
Origem do nome da operação
A
operação recebeu o nome de “terra tomada” em referência por fazer
referência à tentativa de domínio forçado de território comercial por
parte de membros de uma facção criminosa, mediante violência e ameaças,
expulsando a vítima de seu ponto de trabalho.
Em razão dos
elementos colhidos durante a apuração, foi o investigado autuado em
flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas, estando sujeito a
penas de 5 a 15 anos de prisão.
Após a formalização de sua prisão, foi o autor recolhido à carceragem da DCCP, onde permanecerá à disposição da justiça.
Assessoria de Comunicação – Ascom/DGPC
PCDF, excelência na investigação
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