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DF terá primeiro hotel social para pernoite de pessoas em situação de rua e seus animais de estimação

   Local terá 200 vagas e será o único em funcionamento no país a aceitar pets; acolhidos receberão, além do lugar para dormir, transporte, ...

  Local terá 200 vagas e será o único em funcionamento no país a aceitar pets; acolhidos receberão, além do lugar para dormir, transporte, refeições e acompanhamento socioassistencial

O Distrito Federal vai ganhar seu primeiro hotel social. O espaço na área central de Brasília, a ser inaugurado em breve, será destinado ao pernoite de pessoas em situação de rua. São 200 vagas, com uma novidade: ele será o único em atividade no país a receber também animais de estimação.

Hoje, o DF conta com um espaço para pernoite durante o período de frio. Ele está em funcionamento, atualmente, no Centro Integrado de Educação Física (Cief), na 907 Sul, e tem capacidade para 110 pessoas. "A criação do pernoite reforça o nosso compromisso em acolher aqueles que estão em situação de rua. Ao contrário do abrigo para o frio, esse novo espaço será fixo durante todo o ano", destacou o secretário-chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, coordenador da Política Distrital para a População em Situação de Rua.


O hotel social terá 200 vagas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

"E de forma pioneira, assim como foi o nosso plano de ação de políticas públicas para pessoas em situação de rua, o espaço também vai acolher os pets daqueles que estão em extrema vulnerabilidade social. Essa é uma das formas que encontramos para aproximar e acolher aqueles que, em muitos casos, têm apenas o animal de estimação como família", acrescentou Gustavo Rocha.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, a ideia de criar o espaço surgiu após a pandemia de covid-19. "Naquele momento, todo o comércio estava fechado, todo mundo em suas casas e a gente pensou 'e as pessoas em situação de rua?' Então veio a ideia de dois alojamentos provisórios, um no Plano Piloto e um em Ceilândia, oferecendo 200 vagas por noite no total, e nós tivemos grande adesão naquele período. Foi quando a gente repensou a política de assistência social, que esse pernoite poderia ser de melhor adesão para que, depois, a gente consiga levar essa pessoa para uma casa de acolhimento e, assim, ela aceite participar de outras políticas públicas para buscar sua autonomia", contou.

O hotel social ficará aberto das 19h às 8h. Os visitantes terão, além do local para dormir, banho quente e duas refeições — jantar e café da manhã. A administração ficará a cargo de uma Organização da Sociedade Civil (OSC) e o contrato prevê alimentação, inclusive, para os pets, que ficarão abrigados em um canil. A estrutura do prédio já estava pronta, mas o espaço passa por uma reforma para atender melhor a população que o procurar.

Serão disponibilizados, ainda, ônibus para quem deseja chegar ao local, saindo da Rodoviária do Plano Piloto e do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), na Asa Sul. "Hoje, o Plano Piloto é o local que nós temos mais pessoas em situação de rua dentre todas as regiões administrativas do DF. E a nossa intenção é fazer esse deslocamento", apontou Ana Paula Marra.


"A criação do pernoite reforça o nosso compromisso em acolher aqueles que estão em situação de rua. Ao contrário do abrigo para o frio, esse novo espaço será fixo durante todo o ano", destaca o secretário-chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, coordenador da Política Distrital para a População em Situação de Rua

Todos os atendidos também receberão acompanhamento socioassistencial, com equipes especializadas. A intenção é fazer um trabalho de sensibilização para que, aqueles que desejarem, sejam encaminhados às unidades de acolhimento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e, posteriormente, inscritos em cursos de capacitação e direcionados a vagas de emprego, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

Acolhimento

O Distrito Federal foi a primeira unidade da Federação a apresentar um plano de política pública após a suspensão das ações de abordagem à população de rua pelo Supremo Tribunal Federal. Em 27 de maio de 2024, o Governo do Distrito Federal (GDF) tornou oficial o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, sob coordenação do secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha. Desde então, ocorrem ações semanais de acolhimento em diversos pontos do DF. 

Nesta semana, a governadora em exercício Celina Leão assinou decreto que criou o programa Acolhe DF, que propõe uma busca ativa e oferta de tratamento a pessoas em situação de rua com vício em drogas — tanto as ilícitas quanto álcool e tabaco —, criando uma linha de atendimento a essas pessoas e, consequentemente, aprimorando as ações já existentes do GDF voltadas a esse público. 

Além disso, desde 2022, o governo promove, em períodos de baixas temperaturas, a chamada Ação contra o Frio, com oferta de espaços públicos para pernoite de pessoas em situação de rua. Apenas neste ano, a unidade em funcionamento na Asa Sul registrou 4,7 mil atendimentos. Nos locais, também são oferecidos casacos e cobertores arrecadados por meio da campanha Agasalho Solidário, da Chefia executiva de política sociais.

Com informação: Agência Brasília 

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