Com atendimento especializado, pacientes aprendem a conviver melhor com sintomas e evitam crises graves Espirros, olhos lacrimejando, cocei...
Com atendimento especializado, pacientes aprendem a conviver melhor com sintomas e evitam crises graves
Espirros, olhos lacrimejando, coceira na pele e até falta de ar. Pode
parecer apenas um mal-estar passageiro, mas para milhões de pessoas no
mundo, esses sintomas indicam algo mais sério: uma reação alérgica.
Nesta terça-feira (8), comemora-se o Dia Mundial da Alergia, data para
alertar a população sobre o aumento de casos e reforçar a importância do
diagnóstico precoce e tratamento.
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população mundial sofrem com
algum tipo de alergia, e a projeção é alarmante: até 2050, metade da
população pode apresentar alguma forma da doença.
No
Brasil, os dados seguem a tendência mundial. As alergias respiratórias e
alimentares são as mais comuns, mas não as únicas. “Também existem
casos de alergias a medicamentos, que podem levar a quadros mais graves,
e de reações de contato a diferentes substâncias, como cosméticos e
metais”, alerta Vítor Pinheiro, alergologista do Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF).
O que é, afinal, a alergia?
A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico a substâncias geralmente inofensivas ao organismo, conhecidas como alérgenos. Essa resposta pode ser imediata ou se manifestar de forma mais prolongada. “Os principais fatores desencadeantes de reações no sistema respiratório são os aeroalérgenos, como ácaros, pelos de animais e pólen. Já entre os alimentos mais comuns estão leite, ovo, crustáceos, trigo, amendoim e castanhas”, explica o médico.
Em
ambientes urbanos e secos como o do DF, os casos aumentam,
principalmente durante o outono e inverno. "A baixa umidade, o acúmulo
de poeira e a poluição atmosférica são fatores que agravam os sintomas
respiratórios", acrescenta.
Sinais de alerta
As manifestações alérgicas podem variar de simples coceiras até inflamações sérias. Doenças como rinite, asma e dermatite atópica, que causam irritações na pele e manchas vermelhas, são mais comuns e conhecidas. Mas também existem outras condições mais raras, como o aparecimento de placas na pele, inchaços em outras partes do corpo e inflamação crônica no esôfago.
Quando
os sintomas são recorrentes, o ideal é buscar atendimento médico. Após a
avaliação clínica, o paciente pode ser encaminhado para acompanhamento
com especialistas, como alergologistas, pneumologistas ou
dermatologistas, dependendo do tipo de alergia apresentada.
A
aposentada Eunice Maria da Marta, de 69 anos, sabe bem o que é conviver
com os impactos de uma alergia respiratória. Moradora de uma cidade na
divisa entre a Bahia e Goiás, ela convive com o diagnóstico desde 1998,
mas conta que só encontrou alívio após iniciar o tratamento no Hospital
de Base de Base do DF (HBDF).
“Eu sofria demais. Tinha muita
falta de ar, crises de tosse que duravam meses e crises de sinusite pelo
menos duas vezes por ano. A noite era o pior momento, com o peito
apertado e muita dificuldade para respirar”, relembra.
Foi
em 2006 que Eunice procurou atendimento na capital e conseguiu uma
consulta com um especialista. Após a realização dos testes alérgicos,
veio a resposta: alergia a poeira, ácaros e barata.
“Comecei o
tratamento com vacinas e remédios antialérgicos. Desde então, só fui
melhorando. Foi um processo de superação incrível. O tratamento mudou
minha vida”, celebra.
Durante a pandemia, ela precisou
interromper o acompanhamento por mais de dois anos, mas, após conseguir
retomar, segue agora sendo atendida pelo alergologista Vítor Pinheiro,
do IgesDF.
“Estou muito bem-acompanhada. Faço meu controle de
seis em seis meses e não tive mais nenhuma crise de asma ou tosse. Hoje,
graças a Deus, isso ficou no passado”, conta a paciente.
O inverno piora os sintomas
Durante
o inverno, cresce significativamente o número de pacientes com queixas
respiratórias. A combinação do ar seco com a maior permanência em
ambientes fechados favorece a exposição a mofo, ácaros e poluentes,
fatores que agravam casos de asma, rinite e bronquite. Além disso, a
estação também favorece a circulação de vírus respiratórios, que podem
agravar o quadro de quem já tem doenças alérgicas.
De acordo
com Vítor, a atenção com o ambiente é uma das chaves para evitar crises.
Manter a casa arejada, limpar regularmente ventiladores, filtros de ar e
evitar objetos que acumulam poeira são medidas simples, mas muito
eficazes na prevenção.
Embora os medicamentos sejam
importantes, o especialista reforça que a conscientização também faz
parte do tratamento. Para ele, é fundamental orientar não só os
pacientes, mas também familiares, sobre a gravidade das alergias.
“Muitas pessoas ainda acham que é frescura, mas não é. Alergias podem
evoluir para quadros sérios se não forem bem-manejadas”, alerta.
Espirros, olhos lacrimejando, coceira na pele e até falta de ar. Pode
parecer apenas um mal-estar passageiro, mas para milhões de pessoas no
mundo, esses sintomas indicam algo mais sério: uma reação alérgica.
Nesta terça-feira (8), comemora-se o Dia Mundial da Alergia, data para
alertar a população sobre o aumento de casos e reforçar a importância do
diagnóstico precoce e tratamento.
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população mundial sofrem com
algum tipo de alergia, e a projeção é alarmante: até 2050, metade da
população pode apresentar alguma forma da doença.
No
Brasil, os dados seguem a tendência mundial. As alergias respiratórias e
alimentares são as mais comuns, mas não as únicas. “Também existem
casos de alergias a medicamentos, que podem levar a quadros mais graves,
e de reações de contato a diferentes substâncias, como cosméticos e
metais”, alerta Vítor Pinheiro, alergologista do Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF).
O que é, afinal, a alergia?
A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico a substâncias geralmente inofensivas ao organismo, conhecidas como alérgenos. Essa resposta pode ser imediata ou se manifestar de forma mais prolongada. “Os principais fatores desencadeantes de reações no sistema respiratório são os aeroalérgenos, como ácaros, pelos de animais e pólen. Já entre os alimentos mais comuns estão leite, ovo, crustáceos, trigo, amendoim e castanhas”, explica o médico.
Em
ambientes urbanos e secos como o do DF, os casos aumentam,
principalmente durante o outono e inverno. "A baixa umidade, o acúmulo
de poeira e a poluição atmosférica são fatores que agravam os sintomas
respiratórios", acrescenta.
Sinais de alerta
As manifestações alérgicas podem variar de simples coceiras até inflamações sérias. Doenças como rinite, asma e dermatite atópica, que causam irritações na pele e manchas vermelhas, são mais comuns e conhecidas. Mas também existem outras condições mais raras, como o aparecimento de placas na pele, inchaços em outras partes do corpo e inflamação crônica no esôfago.
Quando
os sintomas são recorrentes, o ideal é buscar atendimento médico. Após a
avaliação clínica, o paciente pode ser encaminhado para acompanhamento
com especialistas, como alergologistas, pneumologistas ou
dermatologistas, dependendo do tipo de alergia apresentada.
A
aposentada Eunice Maria da Marta, de 69 anos, sabe bem o que é conviver
com os impactos de uma alergia respiratória. Moradora de uma cidade na
divisa entre a Bahia e Goiás, ela convive com o diagnóstico desde 1998,
mas conta que só encontrou alívio após iniciar o tratamento no Hospital
de Base de Base do DF (HBDF).
“Eu sofria demais. Tinha muita
falta de ar, crises de tosse que duravam meses e crises de sinusite pelo
menos duas vezes por ano. A noite era o pior momento, com o peito
apertado e muita dificuldade para respirar”, relembra.
Foi
em 2006 que Eunice procurou atendimento na capital e conseguiu uma
consulta com um especialista. Após a realização dos testes alérgicos,
veio a resposta: alergia a poeira, ácaros e barata.
“Comecei o
tratamento com vacinas e remédios antialérgicos. Desde então, só fui
melhorando. Foi um processo de superação incrível. O tratamento mudou
minha vida”, celebra.
Durante a pandemia, ela precisou
interromper o acompanhamento por mais de dois anos, mas, após conseguir
retomar, segue agora sendo atendida pelo alergologista Vítor Pinheiro,
do IgesDF.
“Estou muito bem-acompanhada. Faço meu controle de
seis em seis meses e não tive mais nenhuma crise de asma ou tosse. Hoje,
graças a Deus, isso ficou no passado”, conta a paciente.
O inverno piora os sintomas
Durante
o inverno, cresce significativamente o número de pacientes com queixas
respiratórias. A combinação do ar seco com a maior permanência em
ambientes fechados favorece a exposição a mofo, ácaros e poluentes,
fatores que agravam casos de asma, rinite e bronquite. Além disso, a
estação também favorece a circulação de vírus respiratórios, que podem
agravar o quadro de quem já tem doenças alérgicas.
De acordo
com Vítor, a atenção com o ambiente é uma das chaves para evitar crises.
Manter a casa arejada, limpar regularmente ventiladores, filtros de ar e
evitar objetos que acumulam poeira são medidas simples, mas muito
eficazes na prevenção.
Embora os medicamentos sejam
importantes, o especialista reforça que a conscientização também faz
parte do tratamento. Para ele, é fundamental orientar não só os
pacientes, mas também familiares, sobre a gravidade das alergias.
“Muitas pessoas ainda acham que é frescura, mas não é. Alergias podem
evoluir para quadros sérios se não forem bem-manejadas”, alerta.
E o tratamento?
Segundo o alergologista, o
primeiro passo no tratamento é identificar e evitar o contato com o
agente causador da alergia. Em muitos casos, isso já é suficiente para
controlar os sintomas. “Em casos de alergia medicamentosa, por exemplo, é
preciso suspender o uso dos remédios suspeitos e buscar alternativas
com o mesmo efeito, mas que não causem reação, sempre com orientação
médica”, aponta.
Existem ainda os tratamentos com
antialérgicos e corticoides, conforme a gravidade e frequência das
crises. A imunoterapia também é muito usada porque fortalece o mecanismo
de defesa natural do nosso corpo. “O mais importante é não ignorar os
sintomas e buscar ajuda profissional. Apesar das principais condições
alérgicas não terem cura, é possível manter o controle destas doenças e
viver com qualidade”, ressalta.
Com informações do IgesDF
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