Mosquitos modificados serão liberados para reduzir transmissão de dengue, zika e chikungunya A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SE...
Mosquitos modificados serão liberados para reduzir transmissão de dengue, zika e chikungunya
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) vai dar início a uma nova estratégia de combate a arboviroses: o Wolbito, que é o mosquito Aedes aegypti inoculado com a bactéria Wolbachia. Os mosquitos com a Wolbachia não transmitem dengue, zika e chikungunya. Para avançar na implementação da estratégia, representantes da SES-DF, do Ministério da Saúde, dos municípios de Valparaíso (GO) e Luziânia (GO) e da empresa responsável pela tecnologia fizeram, nesta quinta-feira (3), uma visita técnica ao local onde os mosquitos serão reproduzidos.
“Nos próximos meses, vamos ver a soltura de mosquitos e é importante que a população tenha consciência de que esses mosquitos não vão transmitir a doença. Esse é um momento de mobilização e de conscientização para que as pessoas ajudem a Secretaria de Saúde e os outros órgãos a, de fato, implementar este método complementar de combate à transmissão da dengue aqui no Distrito Federal”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos.
Os mosquitos Wolbito serão lançados em Brazlândia, Sobradinho II, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina e Itapoã | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF
Durante o encontro no Núcleo de Controle Químico e Biológico da SES-DF, representantes dos outros estados visitaram as instalações onde serão reproduzidos os Wolbitos. O local passa por adaptações estruturais e já está com áreas de drenagem completas, instalação da parte elétrica em andamento e montagem das seções.
Sobre a estratégia
Os mosquitos Wolbito serão lançados em Brazlândia, Sobradinho II, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina e Itapoã. As regiões foram selecionadas por apresentarem historicamente maior vulnerabilidade para ocorrência de casos de dengue. A expectativa é que já no início do período chuvoso seja possível que os mosquitos com a Wolbachia comecem a reduzir a população de Aedes aegypti capazes de transmitir a dengue e outras doenças.
De acordo com o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias da SES-DF, Victor Bertollo, a ação marca uma nova fase da implementação da tecnologia no Brasil. “Até então, o método vinha sendo implementado em outras localidades de maneira pontual e principalmente no contexto de projetos de pesquisa. A implementação do método no Distrito Federal é histórica e será um momento de virada na saúde pública”, afirma.
Para implementar a técnica realizada em parceria com a Fiocruz e o Ministério da Saúde, equipes da Secretaria já estão em contato com as comunidades onde os mosquitos Wolbito serão liberados, explicando a importância da estratégia e o fato de não haver qualquer risco para a saúde dos humanos. A Wolbachia é um microorganismo presente naturalmente em mais de 50% dos insetos na natureza. Além disso, um núcleo regional está sendo preparado para produção dos mosquitos Aedes aegypti inoculados com Wolbachia.
Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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