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O Distrito Federal assiste,
mais uma vez, à movimentação de velhos conhecidos tentando retocar a
própria história com a maquiagem da redenção.
Gim Argello, José Roberto Arruda, Agnelo Queiroz e Júnior Brunelli reaparecem com o discurso ensaiado de quem confunde perdão com esquecimento.
Trocaram a toga da culpa pela fantasia de “nova chance”.
Mas há um detalhe que eles fingem não ver: os tempos são outros.
O eleitor não é mais aquele que se deixava seduzir pelo canto da sereia
da velha política. Aprendeu a duras penas que promessa demais costuma
vir acompanhada de nota fria.
Agora, tentam se apresentar como “reformados”. Falam de fé, de
superação, de recomeço. Alguns até pedem desculpas, mas sempre com o
olhar de quem quer voltar ao palanque, não ao espelho.
O discurso é tão polido quanto previsível: “errei, paguei, quero servir de novo”.
O problema é que servir, para muitos deles, sempre foi um verbo mal conjugado.
A história não apaga o que a Justiça escreveu. E a sociedade, cansada de ser cobaia da impunidade, não deve aceitar esse presente de grego embalado em fita de redenção política.
Dessa vez, o enredo é outro.
O eleitor de 2026 não é o mesmo de uma década atrás. Brasília amadureceu.
E se há algo que o tempo não conseguiu corromper, foi a consciência de quem paga a conta.
Ela acordou, e dorme hoje com o melhor dos travesseiros: o da lucidez.
O tempo passa, mas a vergonha ainda é roupa que serve
O que falta a esses políticos não é tempo é vergonha.
Enquanto o eleitor evoluiu, eles parecem presos a uma bolha onde o
passado é um roteiro reciclável e a impunidade, um figurino confortável.
Mas o país virou a página. E nessa nova história, o cinismo já não tem mais plateia garantida.
Porque o eleitorado pode até perdoar o erro, mas não aceita mais o deboche travestido de recomeço.
A tentativa de retorno de políticos da “República dos Condenados” é mais que uma afronta — é um teste.
Um teste à memória coletiva, à decência pública e à noção de limite.
Mas, desta vez, o veredito não virá de tribunais: virá das urnas.
E o eleitor, cansado de farsas, já entendeu que redenção sem arrependimento é só maquiagem mal-passada.
O tempo passou, os rostos envelheceram, as narrativas se repetem , mas a consciência, essa, amadureceu.
E não há golpe de marketing capaz de anestesiá-la.
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