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Fevereiro Roxo aborda a importância de tratar o lúpus

Doença autoimune, que acomete principalmente mulheres, pode afetar a pele e diversos órgãos internos Campanha alerta sobre a doença | Arte: ...


Doença autoimune, que acomete principalmente mulheres, pode afetar a pele e diversos órgãos internos

Campanha alerta sobre a doença | Arte: Divulgação/SES

A campanha Fevereiro Roxo é voltada à conscientização e prevenção do lúpus, doença inflamatória e autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos – como pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos –, causando fadiga, febre e dor nas articulações. Seu nome científico é Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).

São reconhecidos dois tipos principais de lúpus. O primeiro é o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, geralmente avermelhadas ou eritematosas (daí o nome lúpus eritematoso), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar como rosto, orelhas, colo (“V” do decote) e nos braços. O outro é o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

“Por ser uma doença do sistema imunológico, quando a pessoa tem lúpus, ela pode ter diferentes tipos de sintomas em vários locais do corpo”Rodrigo Aires, RTD em reumatologia

“Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem lúpus, ela pode ter diferentes tipos de sintomas em vários locais do corpo”, explica o médico Rodrigo Aires, Referência Técnica Distrital (RTD) em reumatologia. “Alguns sintomas são gerais, como febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão ou problemas nos rins.”

O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade – principalmente entre 20 e 40 anos –, raça e sexo. As mulheres, porém, são muito mais acometidas. Além de ser registrado em pessoas muito jovens e economicamente ativas, o LES é responsável pelo maior número de internações hospitalares na rede dentro da reumatologia.

No Brasil, estimativas indicam que existem cerca de 65 mil pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se, assim. que uma a cada 1,7 mil mulheres no país tenha a doença. “No Distrito Federal, levando em consideração também a Ride [Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno], podemos supor que tenhamos entre mil a duas mil pessoas com lúpus”, complementa Rodrigo Aires.

65 milNúmero estimado de pessoas no Brasil que têm lúpus

Sintomas da doença

Os sintomas do lúpus são diversos e variam em intensidade, de acordo com a fase de atividade ou remissão da doença. É muito comum que a pessoa apresente manifestações cansaço, desânimo, febre baixa (em raros casos, pode ser alta), emagrecimento e perda de apetite. São sinais que podem ocorrer devido a inflamações na pele, articulações (juntas), rins, nervos, cérebro e nas membranas que recobrem o pulmão (pleura) e o coração (pericárdio).

Outras manifestações costumam ocorrer, devido à diminuição das células do sangue (glóbulos vermelhos e brancos). Esses sintomas podem surgir isoladamente ou em conjunto, simultaneamente ou de forma sequencial.

Segundo Aires, há tratamentos efetivos que, além de aliviar os sintomas, também previnem as complicações decorrentes do processo inflamatório causado pela doença. Os procedimentos, explica ele, são eficazes e proporcionam ao paciente com lúpus retornar às suas atividades de vida normais. São usados basicamente imunorreguladores/imunossupressores do sistema imunológico, a depender de qual e de que intensidade o órgão interno está envolvido.

O diagnóstico do lúpus, complementa o especialista, é feito por meio do reconhecimento pelo médico de um ou mais sintomas. Existem critérios internacionais que também são utilizados, analisando o conjunto de sinais e sintomas e alterações laboratoriais que ocorrem na doença.

Tratamento

Na dermatologia, o diagnóstico é feito pelas características clínicas das lesões cutâneas (aspecto clínico, caracteristicamente pioram à exposição solar). De acordo com a RTD em dermatologia Ana Carolina Igreja, o diagnóstico pode ser confirmado por meio de biópsia. Alguns pacientes também podem desenvolver, no couro cabeludo, lesões que geram alopecia cicatricial e devem ser tratadas precocemente.

O tratamento é feito com medicações sistêmicas, na maioria dos casos, mesmo apenas os cutâneos. Medicamentos tópicos podem ser associados e eventualmente utilizados isoladamente, caso o paciente apresente pequenas lesões.


“A proteção solar é essencial, porque caracteristicamente as lesões pioram com a exposição”, esclarece a dermatologista. “Não há prevenção possível para a doença, mas evitar a exposição solar evita a piora das lesões. Os quadros cutâneos podem gerar lesões cicatriciais e alopecia cicatricial. São muito mais frequentes em mulheres, em quem o impacto da alopecia cicatricial é habitualmente maior.”

Além do lúpus, doenças como mal de Alzheimer e fibromialgia também são associadas à campanha Fevereiro Roxo.

Com informações da Secretaria de Saúde (SES) 

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