O DF investe em educação inclusiva e prepara alunos para vestibulares e empregos

 Iniciativas oferecem aulas adaptadas, materiais especiais e orientação profissional para ampliar oportunidades ...

 Iniciativas oferecem aulas adaptadas, materiais especiais e orientação profissional para ampliar oportunidades

Foto: Agência Brasília

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No Distrito Federal, estudantes da rede pública agora têm acesso a programas que vão além da sala de aula tradicional. O objetivo do Governo do Distrito Federal é oferecer apoio adaptado, acompanhamento personalizado e acesso a tecnologias, ajudando jovens a se prepararem para o Enem e outras provas, e abrindo portas para a universidade e o mercado de trabalho.

Um dos principais destaques é o Enem Inclusivo e Especial, voltado para estudantes com deficiência ou transtornos. Realizado aos sábados no Centro de Educação Profissional e Tecnológica de Jovens e Adultos da Asa Sul, o programa promove 13 encontros preparatórios, com materiais em Braille, intérpretes de Libras e ferramentas de acessibilidade, garantindo que cada aluno receba o suporte adequado.

“Deficiência ou transtorno não podem ser barreiras para sonhar. Nosso compromisso é incluir todos os estudantes, oferecendo recursos e acompanhamento até que estejam prontos para ingressar na universidade”, afirma Hélvia Paranaguá, secretária de Educação.

Alunos que participam do programa relatam os benefícios na prática. Luciana Lopes dos Santos, que tem deficiência auditiva, participou da edição de 2024 e retorna este ano confiante. “O apoio dos intérpretes e materiais adaptados faz toda a diferença. Isso nos dá coragem para seguir estudando e incentivar outros alunos surdos a buscar a universidade.”

A adaptação do curso é detalhada e personalizada. Segundo Vera Barros, da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral, cada tipo de deficiência ou transtorno recebe atenção específica. “Contamos com a parceria do Senac, que modernizou o laboratório de informática, garantindo que todos possam acessar a tecnologia de forma eficaz”, explica Vera.

Além da preparação para provas, o GDF oferece o programa Empregabilidade, que conecta pessoas com deficiência que já concluíram a graduação a oportunidades de trabalho. Um exemplo é Luis Felipe Lima, autista de nível 1, que começou no Enem Inclusivo, se formou em jornalismo em 2024 e hoje atua na profissão graças ao programa.

“Foi uma experiência transformadora. O projeto abriu portas que antes pareciam inalcançáveis”, conta Luis Felipe.

Outro programa relevante é o Preparação DF, curso gratuito e intensivo que oferece 240 horas de aulas presenciais, distribuídas entre polos em Ceilândia, Taguatinga, Planaltina, Asa Sul e Gama. Os alunos recebem uniforme, material didático completo, lanche diário, auxílio-transporte e seguro contra acidentes pessoais. Ao final, é emitido certificado de conclusão em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) e a SEEDF.

Com esse conjunto de iniciativas, o GDF busca não apenas preparar estudantes para exames, mas criar uma rede de apoio que promove inclusão, igualdade de oportunidades e capacitação profissional, permitindo que jovens com diferentes necessidades avancem nos estudos e conquistem espaço na universidade e no mercado de trabalho.