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Feminicidio

  ução agrícola no PAD-DF. Um crime c ru e l, n o q u a l f re que n t e m e nt e a vítima era antes o agressor , o corr e com um a a...

 ução agrícola no PAD-DF.


Um crime cruel, no qual frequentemente a vítima era antes o agressor, ocorre com uma alarmante recorrência. O Estado tem adotado medidas, que, no entanto, mostram-se ineficazes frente à alta complexidade desse tipo de delito.

O enredo quase sempre começa com casos de violência doméstica. A ausência de denúncias, motivada por vergonha ou coação, somada à reincidência das agressões, compõe um retrato devastador do feminicídio no Distrito Federal em 2025. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) mostram que 25 mulheres foram assassinadas por companheiros ou ex-parceiros ao longo do ano.

Apesar de avanços na legislação e da crescente conscientização sobre o tema, o cenário permanece praticamente inalterado. Os desafios continuam alarmantes. Em 78% dos casos registrados, as vítimas nunca haviam feito boletins de ocorrência, embora já sofressem violência silenciosa seja ela física, emocional ou psicológica.

Grande parte dos feminicídios acontece dentro dos lares das vítimas, geralmente no período noturno e motivados por discussões relacionadas a ciúmes, rmino da relação ou sentimento de posse. Estudos apontam que, em mais de 43% desses casos, a vítima havia sido agredida anteriormente.

No perfil dos agressores, predominam parceiros íntimos das vítimas. Dados oficiais revelam que mais de 75% dos feminicidas possuem antecedentes criminais, principalmente relacionados a ameaças, lesões corporais ou violência doméstica. O uso de armas brancas, como facas e punhais, desponta como um dos meios mais recorrentes nos assassinatos.

Há também regiões consideradas de maior risco. Regiões como Itapoã, Estrutural, Ceilândia e Santa Maria apresentam os maiores índices de feminicídios. Nessas localidades, a vulnerabilidade social, a dependência econômica e o isolamento das vítimas são fatores agravantes que aumentam o risco.

Diante dessa realidade preocupante, entidades como o Ministério Público do Distrito Federal e a Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios têm se empenhado em promover estudos e ações integradas para prevenir os crimes. Entretanto, especialistas alertam para a necessidade de fortalecer as redes de apoio às mulheres em situação de risco, ampliar o acolhimento e investir na educação para igualdade de gênero desde os primeiros anos escolares.

Uma promotora do MPDF destaca que o feminicídio é o desfecho final de uma longa cadeia de violências frequentemente naturalizadas. Caso a sociedade e o Estado não atuem nos estágios iniciais dessas agressões, o resultado será tragicamente previsível.

É fundamental romper o silêncio. Denúncias podem ser feitas pelos números 180 ou 190. o se calar pode salvar uma vida.

Da redação do Portal de Notícias, por Erto di Carvalho Jornalista

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